quarta-feira, 17 de setembro de 2014

As Vítimas da Talidomida



O medicamento Talidomida, desenvolvido pela empresa alemã Gruenenthal, foi vendido para mulheres grávidas do mundo todo, no fim dos anos 50 e começo dos anos 60, como um tratamento para o enjoo matinal. Cerca de 10.000 crianças nasceram com defeitos causados pela droga, a maioria com malformações nos membros ou sem braços ou pernas.

O escândalo da Talidomida provocou uma revisão mundial no sistema de teste de drogas e aumentou a reputação da US Food and Drug Administration - o FDA, órgão que controla a liberação de medicamentos e alimentos dos EUA, que se recusou a aprovar a droga.

Mas, o que é a Talidomida?

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A Talidomida, ou Amida Nftálica do Ácido Glutâmico trata-se de um medicamento desenvolvido na Alemanha, em 1954, inicialmente como sedativo. Contudo, a partir de sua comercialização, em 1957, gerou milhares de casos de Focomelia, que é uma síndrome caracterizada pela aproximação ou encurtamento dos membros junto ao tronco do feto - tornando-os semelhantes aos de uma foca - devido a ultrapassar a barreira placentária e interferir na sua formação. Utilizado durante a gravidez também pode provocar graves defeitos visuais, auditivos, da coluna vertebral e, em casos mais raros, do tubo digestivo e problemas cardíacos.

A ingestão de um único comprimido nos três primeiros meses de gestação ocasiona a Focomelia, efeito descoberto em 1961, que provocou a sua retirada imediata do mercado mundial. No entanto, em 1965 foi descoberto o seu efeito benéfico no tratamento de estados reacionais em Hanseníase (antigamente conhecida como lepra), e não para tratar a doença propriamente dita, o que gerou a sua reintrodução no mercado brasileiro com essa finalidade específica.

A partir daí foram descobertas inúmeras utilizações para a droga no tratamento de AIDS, LUPUS, DOENÇAS CRÔNICO-DEGENERATIVAs - Câncer e Transplante de Medula.

Ainda não existem pesquisas sobre o período seguro para eliminação da droga pelo organismo. Recomendamos o prazo de no mínimo 1 ano após o tratamento para a gravidez.

Tratamento nas Mulheres:

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A Talidomida, por força da Portaria nº 354, de 15 de agosto de 1997, é proibida para mulheres em idade fértil em todo o território nacional.
Apesar da proibição, em casos especiais, médicos receitam a droga. Entretanto são previstas sanções legais, cabendo observar que mesmo com a assinatura de Termo de Esclarecimento aos Pacientes e Termo de Responsabilidade Médica, ambos podem ser responsabilizados pelo mau uso da droga.
Tem sido demonstrado que apenas o uso de anticoncepcionais por mulheres em idade fértil não é suficiente para prevenir a ocorrência de nascimentos de crianças com síndrome da Talidomida, pois a droga inibe o efeito dos anticoncepcionais. Portanto, deve-se usar o máximo de métodos contraceptivos para maior segurança. Além disso, é de extrema importância que todos os exames disponíveis de gravidez sejam utilizados (ex: urina, BHCG,etc).

Tratamento nos Homens:

Conforme a Resolução n° RDC 140/2003 da ANVISA, a bula do medicamento informa que “os homens que utilizam a Talidomida e mantém vida sexual ativa com mulheres em idade fértil, mesmo tendo sido submetidos à vasectomia, devem ser orientados a adotar o uso de preservativo durante o tratamento”  e ainda “sobre a importância dos usuários não doarem sangue ou esperma”.
Pseudo-abdomem e neuropatia periférica são efeitos colaterais que os pacientes apresentam após o uso contínuo da Talidomida. Tais efeitos geram dores insuportáveis, só aliviadas com aplicações moleculares, que têm custo elevado e, até agora, não são fornecidas aos pacientes por parte do Estado.

Histórico

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1954: Alemanha desenvolve droga destinada a controlar a ansiedade, tensão e náuseas.
1957: a droga passa a ser comercializada em 146 países.
1960: descobertos os efeitos teratogênicos provocados pela droga quando consumida por gestantes: durante os 3 primeiros meses de gestação interfere na formação do feto, provocando a Focomelia (aproximação/encurtamento dos membros junto ao tronco, tornando-os semelhantes aos de focas).
1961: a droga é retirada de circulação em todos os países, à exceção do Brasil. Têm início processos indenizatórios em diversos países.
1965: Dr. Jacobo Sheskin, médico israelense, descobre efeitos benéficos da droga no tratamento da hanseníase. Com isso, volta a ser comercializada.

No Brasil:

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1957: tem início a comercialização da droga.
1965: a droga é retirada de circulação, com pelo menos 4 anos de atraso. Na prática, porém, não deixou de ser consumida indiscriminadamente no tratamento de estados reacionais em Hanseníase, em função da desinformação, descontrole na distribuição, omissão governamental, automedicação e poder econômico dos laboratórios. Com a utilização da droga por gestantes portadoras de hanseníase, surge a segunda geração de vítimas da Talidomida.
1976: tem início os processos judiciais contra os laboratórios e a União.
1982: após várias manifestações que sensibilizaram a mídia, o governo brasileiro é obrigado a sancionar a Lei 7.070, de 20 de dezembro de 1982. Tal lei concede pensão alimentícia vitalícia, que varia de meio a 4 salários mínimos, de acordo com o grau de deformação, levando-se em consideração quatro itens de dificuldade: alimentação, higiene, deambulação e incapacidade para o trabalho. De 1986 a 1991: com a inflação galopante e as mudanças dos indexadores econômicos, defasam-se drasticamente os valores das pensões vitalícias.
1992: surge a ABPST - Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida para defender os direitos das vítimas da Talidomida, muitas das quais simplesmente nem recebiam as pensões a que tinham direito.
1994: é publicada a primeira Portaria 63, de 04 de julho de 1994, que proíbe o uso da Talidomida para mulheres em idade fértil.
1996: é formado o Grupo de trabalho para elaboração da 1º Portaria de Controle da Talidomida.
1997: é publicada a Portaria nº 354, de 15 de agosto de 1997, que regulamenta o registro, produção, fabricação, comercialização, prescrição e a dispensação dos produtos à base de Talidomida.
2003: é sancionada a Lei nº 10.651, de 16 de abril de 2003, dispõe sobre o controle do uso da talidomida.
2005: é publicada a Consulta Pública nº 63 para proposta de novo regulamento técnico da Talidomida.
2005: a publicação da Resolução nº 356, de 10 de outubro de 2005, suspende a realização da Consulta Pública n° 63.
2006: é realizado Painel de Utilização Terapêutica da Talidomida, promovido pela ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
2007: é realizada nova reunião na ANVISA – Agência Nacional de vigilância Sanitária visando a flexibilização do uso da Talidomida.
2009: participação em reunião promovida pelo Programa de Hanseníase para discussão de documento visando Orientação no uso Controlado da Talidomida, para profissionais em saúde.
2010: promulgação da Lei 12.190 que concede indenização por dano moral às pessoas portadoras da síndrome da talidomida.  
2010: reuniões com ANVISA, MORHAN, UFRGS para aprimoramento da regulamentação legal da talidomida visando a edição de uma nova Resolução para aprovação do Conselho Nacional de Saúde.
Décadas 1990 e 2000: a diversificação e a continuidade do uso da droga no tratamento de Lupus, Câncer, Leucemia, Vitiligo, Aftas, Tuberculose, etc. geraram o nascimento de dezenas de novos casos de crianças vitimadas pela droga (2º e 3º Geração); principalmente em função da desinformação, inclusive de profissionais da área da saúde e pela AUTOMEDICAÇÃO, uma prática constante no Brasil.
Se interessou pelo assunto?




Princípios de Química - Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente - ATKINS/JONES


Princípios de Química - Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente

 - 5 ª Ed. - 2011 - Loretta Jones; Peter Atkins


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Fundamentos de Química Analítica - SKOOG

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Como funciona o Bafômetro?

A dosagem alcoólica realizada nas estradas ou ainda em casa é feita por meio de dosadores de álcool ou “bafômetros”. Dada a rápida troca gasosa e a pressão de vapor do etanol,a concentração exalada é diretamente relacionada à concentração de álcool no sangue. A concentração de álcool no sangue é amplamente utilizada como um critério para se determinar se uma pessoa está ou não sob a influência de álcool. 

Em muitos estados norte-americanos foi estabelecido que um teor de álcool no sangue igual ou superior a 0,1% indica intoxicação. Existem quatro tipos de dosadores de álcool amplamente utilizados. No tipo de indicador, uma reação química ocorre envolvendo o álcool e um reagente,produzindo uma mudança de coloração que está semiquantitativamente relacionada com a concentração de álcool. 

Um segundo tipo baseia-se na tecnologia das células combustíveis. Aqui o etanol é eletroquimicamente oxidado a água e CO2 em um ânodo seletivo de platina. A reação de oxidação e a redução do oxigênio atmosférico que ocorre no cátodo produzem uma corrente proporcional à concentração do etanol. Dispositivos de células combustíveis são pequenos e bem apropriados para instrumentos portáteis. Eles não necessitam de fonte de energia para seu funcionamento. Um terceiro tipo de dosador baseia-se na absorção de radiação infravermelha  

Uma amostra do ar da respiração é mantida em uma célula de gás,através da qual passa um feixe de radiação infravermelha. A absorbância em alguns comprimentos de onda é usada para determinar a quantidade de álcool presente. O comprimento de onda primário detecta uma mistura contendo etanol e contaminantes orgânicos. A absorbância em um ou dois comprimentos de onda secundários é usada para detectar a presença de substâncias interferentes,e para corrigir a absorbância no comprimento de onda primário.

 Esses instrumentos requerem uma fonte e são usados em aplicações móveis e fixas. A tecnologia mais recente emprega um sensor à base de um semicondutor. Aqui o álcool é adsorvido na superfície do semicondutor. Geralmente,uma variação na condução elétrica é monitorada e então relacionada com os níveis de álcool no sangue. Esses dispositivos são de baixo custo e simples de ser utilizados. No momento,limitações técnicas os tornam inapropriados para aplicações quantitativas exatas. Além disso,eles são primariamente destinados para o uso pessoal caseiro ou em automóveis.


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A vida Interna da Célula



Este vídeo mostras os processos que ocorrem internamente à célula. É observado vários processos que ocorrem dentro de um leucócito antes, durante e depois do processo inflamatório. Muito interessante.


terça-feira, 16 de setembro de 2014

O que é a Ciência?





O Que é Ciência? - 300 anos em 3 minutos 

Quando Hooke olhou um pedaço de rolha pela primeira vez no microscópio chamou a menor parte que ele podia enxergar de célula.

Dois caras descobriram que esta célula era a unidade básica da vida, e que tinha outras coisas menores dentro.
Veio o Dalton e disse que todas as coisas, vivas ou não vivas, era feitas de átomos. Bolinhas indestrutíveis que podiam ser encaixadas umas as outras.
Indestrutível nada.
Descobriram que os átomos têm 3 partes: positiva, neutra e negativa. Esta última era a menor de todas, foi chamada elétron.
Schrödinger, nome estranho pra gente, mas comum pra um Alemão, disse que este tal do elétron era muito difícil de se ver, tava sempre se movimentando. Não dava pra enxergar elétron, só saber por onde ele passa e 
o bairro onde mora, a sua região preferida.
Daí, entra o maluco do Einstein, maluco nada. Muito inteligente. Ele disse que todas as coisas, células, átomos ou elétrons, sabe?
Toda matéria é aquilo que a gente fala que é de carne e osso. 
Então, Einstein disse que não, ou melhor, que talvez. 
Porque toda partícula pode virar energia, e vice-versa.
Então percebam...
Ciência é o conjunto de conhecimentos que demonstra os fatos mais gerais daquela época. Está sempre se atualizando e acrescentando novas e melhores ideias.
Por exemplo, 
Com aquilo que aprendemos do Newton, conseguimos movimentar motores, atravessar oceanos, calcular rotas e até chegar na lua com uma precisão milimétrica.
Daí vem o Einstein (lembra do maluco?) 
E diz que tudo que a gente tem de certo como distância e tempo são, 
na verdade, relativos. É a combinação que importa, a única certeza é a 
velocidade da Luz.
Isso balançou nossas estruturas, pondo tudo abaixo 
em meio a tanta poeira hoje enxergarmos um céu torto, um espaço tempo curvado.
Acreditem, Einsten não é o único maluco na história.
Deixou várias crias. 
Muitos falam que existem mais de um universo. Vê se pode?
Outros que as minhocas do universo deixam buracos para gente passar de uma lado a outro. 
É, logo, logo, vai ter muita gente embarcando numa viagem pelo "multiverso" sideral.
Sabia que todos estão certos? Ainda vamos descobrir muito. 
Para a ciência o que importa é o desafio, estamos sempre descobrindo, acrescentando novos conceitos, reformulando novas verdades.
Isso é ciência. 
Ciêcia é:
Validar o Passado - Desenhar o Presente - Projetar o Futuro.

Canal do YouTube Fermino Roco

A Ciência da Ressaca - Vídeo



O canal MUITO Interessante do YouTube apresenta um vídeo bem interessante explicando os motivos e dicas para curar a famosa ressaca.

Algumas dicas já comprovadas cientificamente para a cura da ressaca são, ingerir brócolis, bananas, doces, sódio e água.



Vale a pena conferir: